O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, anunciou nesta quarta-feira (22/1), em Davos, na Suíça, a instalação do primeiro centro afiliado ao Fórum Econômico Mundial focado na indústria 4.0 (C4IR) no Brasil.
"O lançamento deste Centro é um passo importante para garantir que o país se beneficie da quarta revolução industrial, alavancando investimentos em tecnologias emergentes para aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento social", afirmou Da Costa.
O Centro entrará em operação em São Paulo ainda no primeiro semestre deste ano. A previsão é de que a inauguração seja feita em maio, durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina que será realizado em São Paulo. O governo espera com o novo Centro estimular a adoção de novas tecnologias e melhorar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, ampliando a competitividade e a produtividade das empresas brasileiras.
Esta é uma iniciativa conjunta do governo federal (Ministério da Economia/Sepec), do governo do estado de São Paulo (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e do Fórum Econômico Mundial, que visa acelerar e escalar a adoção de tecnologias emergentes, como Internet das Coisas e Inteligência Artificial, abordando os principais desafios econômicos, sociais e de desenvolvimento.
“Estamos entusiasmados com o fato de o Brasil se juntar à rede do Centro da Quarta Revolução Industrial. Como a maior economia da América Latina, o Brasil é visto como um modelo para a região. Estamos ansiosos para acelerar e escalar o impacto das tecnologias da Quarta Revolução Industrial para que muitos possam se beneficiar”, ressaltou o diretor do Centro da 4ª Revolução Industrial do Fórum Econômico Mundial, Murat Sönmez.
O Centro será uma parceria público-privada, concebida pelo Ministério da Economia e pelo governo do estado de São Paulo e apoiada por empresas de atuação global, como AstraZeneca e Bracell.
O C4IR Brasil vai funcionar em São Paulo/SP, no campus do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Com isso, o Brasil se insere na rede dedicada à governança global de tecnologia junto com China, Japão, Índia, Colômbia, Israel e Emirados Árabes. Como parte da rede global do Fórum Econômico Mundial, as equipes trocarão conhecimento e irão acelerar o processo global de adoção de tecnologia.
Inicialmente, o Centro da 4ª Revolução Industrial no Brasil atuará com marcos regulatórios e políticas públicas que acelerem a implementação, no território nacional e no mundo, de políticas de dados, Internet das Coisas, cidades inteligentes, robótica, Inteligência artificial e blockchain.
De acordo com Carlos Da Costa, o Brasil ainda está longe da maturidade na indústria 4.0. “Somente 7,5% das empresas usam Indústria 4.0 com excelência, e só 2% das empresas brasileiras estão no estágio mais avançado de indústria 4.0, o que dá a dimensão da importância dessa parceria”, afirmou.
Fonte: www.mdic.gov.br/